9 de Outubro de 2024
Um ponto de encontro entre a arquitetura e o movimento

Bilhetes

A Dança, numa perspetiva pessoal desde há muitos anos, é para mim um ponto de equilíbrio. Desse dinâmico equilíbrio, surge um, ou mais, ponto(s) de encontro(s). Desde a sua origem, um Teatro é um amplo ponto de encontro: de visões e de perspetivas, de ideias e de opiniões, dos artistas e dos públicos, dos criadores e dos fruidores de arte, sem esquecer, no caso concreto do Teatro Camões, de ser, antes de mais, um ponto de encontro entre a arquitetura e o movimento, ou seja, entre espaços reais e imaginários.

O nosso Teatro Camões, e a Dança que aqui cumpre a missão da Companhia Naciona de Bailado (CNB), é também um ponto de encontro entre o valor da memória e a audácia do futuro, e a recente requalificação do Teatro Camões é uma oportunidade de concretização de um património renovado que abarca o espírito de renovação, de contemporaneidade e de vibrante descoberta.

Tive a feliz experiência, há muitos anos e como bailarino da CNB, de estar presente no seu primeiro dia de ensaio e no seu primeiro espectáculo de sempre no Teatro Camões. No passado dia 9 de setembro de 2024, tive a nova feliz experiência de estar presente, com toda a Companhia, no primeiro dia de regresso à nossa casa, no ponto de encontro de uma nova e permanente descoberta: um grande e singular Teatro que, ainda sendo o mesmo, é agora outro. Uma descoberta que nos impele e nos inspira também à contínua renovação e ao crescimento de todas e de todos nós e da nossa missão histórica.

Um profundo agradecimento a todo o esforço coletivo da nossa instituição, em reunir os recursos e o investimento para a realização deste projeto, destacando ainda todas e todos os que dedicaram tudo e tanto para que o Teatro Camões, o mesmo mas já diferente, acrescente a partir de hoje muitos mais pontos de encontro.


Fernando Duarte

Diretor Artístico

Companhia Nacional de Bailado

Saiba mais sobre o projeto de requalificação e modernização do Teatro Camões no âmbito do PRR em opart.pt.

Perfil Relacionado

Notícias

12 de Setembro de 2024
Carta de Missão, por Fernando Duarte, Diretor Artístico

Pela alameda da celebração! No pressuposto de um reconhecimento tácito por parte de largos e crescentes públicos, de que a Companhia Nacional de Bailado é uma referência incontornável da nossa cultura contemporânea, importa reforçar e amplificar a sua presença em todo o território, o seu papel fundamental na Dança em Portugal, paralelamente a uma crescente projeção internacional. 


Pela alameda da celebração! No seguimento do longo e singular percurso, como símbolo da democratização cultural que o 25 de abril de 1974 nos ofereceu, em que a CNB se tornou o paradigma nacional da Dança clássica, fomentando e preservando o seu repertório, sem deixar de ser uma incansável impulsionadora da criação coreográfica contemporânea portuguesa, assim como o repositório de um expressivo e invejável conjunto de obras universais. 


Pela alameda da celebração! Assim é perspetivada a missão da Companhia Nacional de Bailado para os próximos 4 anos, que culminará com a admirável efeméride de chegar, em 2027, aos 50 anos de ininterrupta atividade! 


Uma missão convictamente comprometida com a procura incansável pela excelência técnica e artística do corpo artístico e de criadores, a participação comunitária, a coesão social e cultural, a formação contínua, o pensamento, a acessibilidade, a sustentabilidade, a diversidade e o desenvolvimento e bem-estar coletivo. 

Uma missão colocada em prática pelo entendimento de que há novos modos de ver Dança e, consequentemente, pelo dever de apresentar novos modos de mostrar a nossa Dança, e que se expressará pela transdisciplinaridade, pela multiculturalidade, pelos contextos diversificados e pela ampla comunicação com todos os públicos. 


Ainda que sempre efémera e por vezes fugaz na sua essência, a Dança que se deseja bem viva na CNB, em nenhum momento deixará de se dedicar a ser um encontro dinâmico, de plena fruição e indelével para quem a concretiza, com toda a excelência, e para quem a vê acontecer, com o máximo espanto.

Na sua dupla expressão material e imaterial, a CNB continuará a ser um espaço livre e um espaço aberto a todas e a todos, na presente dupla celebração de quase 50 anos bem vividos e de uma vibrante preparação dos próximos 50! Venham celebrar e continuar a viver a Dança connosco, na nossa Companhia! 


Fernando Duarte 

Lisboa, 12 de setembro de 2024


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